Dou comigo a caminho dos 30 anos e parece que todos os mitos e fantasias de criança decidiram desaparecer, morrer...
O Super-Homem morreu hoje... e fiquei triste. Senti-me como uma criança grande que se senta na beira do passeio a chorar um joelho esfolado ou a queda do gelado favorito no chão.
Claro que sei que o Super-Homem não existe, nunca existiu... e agora tenho a certeza de que nunca mais vai existir... Como adulta racional e sem caprichos sei que o Super-Homem foi uma história inventada, um puro exercício de fantasia. Ninguém pode ser tão forte assim, ninguém consegue voar entre as nuvens, já ninguém consegue ser assim tão altruísta ao ponto de sacrificar a concretização do amor da sua vida pela defesa de um ideal que já nem sei se existe: o bem da humanidade. Por isso me fez pensar, porque dizer que o Super-Homem morreu é falar da morte de tanta coisa em que acredito...acreditava...já não sei.
Fez-me pensar na quantidade de vezes em que tenho questionado o Amor, nos últimos tempos. Eu, uma romântica incurável, dou por mim a pensar se realmente existe esse sentimento que antes considerava ser a única fonte e chama de vida. Porque deixei de acreditar? Isso daria muito que escrever...talvez num outro post...
Mas a questão é enfrentar o facto de que os heróis não existem, e mesmo aqueles que são imortais eventualmente um dia desaparecem. Tanta força, tanta determinação, tanta coragem...não existem, acabaram.
Já não há Super-Homens para carregarem o mundo nos ombros e combaterem o mal. E agora? Prefiro talvez pensar numa outra história... prefiro pensar que o Super-Homem não morreu paralisado numa cadeira de rodas. Talvez o seu inimigo nº1 o tenha encontrado e o tenha apanhado distraído sujeitando-o ao poder mortífero da Criptonite. Claro que o herói não morreu sem deixar uma série de segredos, todos eles codificados em algo semelhante ao Código DaVinci.. Assim o bem poderá renascer de novo e como uma Fénix voltar a voar por entre as nuvens...
